vítimas de depressão

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a depressão o mal do século. Atualmente, mais de 300 milhões de pessoas no mundo são vítimas de depressão. Estima-se que é a doença que mais incapacita atividades essenciais à vida humana e aproximadamente 800 mil pessoas acabam por cometer suicídio. No Brasil, a doença atinge 5,8% da população – taxa que está acima da média global, cerca de 4,4%.

Mulheres na faixa dos 40 estão entre as principais vítimas da depressão

A pandemia causada pelo covid-19 está a evidenciar e amplificar esse desafio. A necessidade de isolamento social como medida para evitar o contágio, pessoas que se diziam sozinhas mesmo em contexto sociais, agora estão a experienciar outro tipo de desconexão social, aumentando significativamente sentimentos como a angústia, a solidão, a tristeza e o medo, acarretando quadros mais intensos de ansiedade e incertezas diante da própria subsistência pela decorrência da perda ou falta de trabalho.

Um estudo realizado pela Funcional Health Tech mostrou um aumento de mais de 20% no consumo de antidepressivos no Brasil, entre 2014 e 2018. Segundo o levantamento, mulheres na faixa dos 40 anos são as que mais estão utilizar os medicamentos. É considerado um dado alarmante, já que nem sempre corresponde efetivamente a uma melhoria na qualidade de vida ou da saúde mental e emocional das vítimas de depressão, além do risco de dependência.

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Diante da vulnerabilidade deste cenário mundial, a campanha Setembro Amarelo, ação de prevenção do suicídio, criada pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria) em parceria com o Conselho Federal de Medicina, reforça que o tema deva ser olhado com atenção e cuidado não somente no mês de setembro, mas sim o ano inteiro.

Acreditamos que um dos caminhos possíveis se efetive através da Abordagem Terapêutica do Cuidado Integral, uma proposta que investe no cuidado global do ser humano, considerando que a saúde precisa de acontecer nas dimensões física, emocional, mental e espiritual para que a vida das vítimas de depressão adquira sentido, e se desenvolva resiliência para enfrentar os desafios cotidianos.

Esta proposta terapêutica considera que a relação entre terapeuta e paciente se caracteriza eminentemente pela humanidade, sensibilidade, afeto, dinamismo, compreensão, escuta profunda, criatividade e reciprocidade, não se focando na doença, mas ante no cuidado daquilo que é saudável no ser humano, não o rotulando como doente, entendendo ser esse apenas um estado passageiro e não permanente de sua vida.

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Para o Psicoterapeuta, Pós-graduado em Psicologia Transpessoal e Mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Manoel Simão da Unipaz São Paulo, a depressão e a ansiedade tem causas derivadas da era industrial e pós-moderna: “Há várias questões ligadas ao aumento desta patologia como o aumento da solidão, dedicarmo-nos ao que não gostamos, relacionamentos cada vez mais líquidos e vazio existencial”.

Com os avanços das pesquisas e da compreensão das características da depressão, hoje podemos entender como ela era vivenciada antigamente, “distanciamo-nos muito de práticas comuns e comunitárias que aconteciam há séculos. No passado havia uma avó, um conselheiro, uma benzedeira, um xamã ou um padre que eram figuras de apoio importantíssimas para que as vítimas de depressão se pudessem recuperar e atravessar mais rapidamente essas cenas adversas que encontramos hoje. Essas figuras têm desaparecido, e por mais que ainda existam padres, pastores, conselheiros espirituais ou um bom amigo, hoje os terapeutas integrativos é que estão a fazer esse papel”, comenta o Psicoterapeuta.

Trazendo um olhar de Cuidado integral para a depressão, Manoel conta-nos como acontece esse resgate dentro da própria psique de seus pacientes, “Nós em Transpessoal, como em Psicologia Profunda, acreditamos que há na Psique, na alma humana, um princípio com recursos saudáveis e auto organizadores, assim como as células e o sistema do corpo, que tem uma capacidade de se reorganizar, em Transpessoal chamamos de Eu Maior”, finaliza o Psicoterapeuta Transpessoal.

Sobre a Unipaz São Paulo:

A Unipaz São Paulo é uma escola de Educação para a Paz e de Cuidado Integral. É uma das unidades da Universidade Internacional da Paz – UNIPAZ que foi fundada em 1987, em Brasília. É a terceira instituição educacional desse gênero, ao lado das Nações Unidas e da Costa Rica. A UNIPAZ distingue-se pela sua vocação para desenvolver uma Cultura de Paz, trabalhando a partir de uma Educação Integral, baseada nos paradigmas Transdisciplinar e Holístico. A partir da abordagem de uma ecologia inclusiva, individual, social e ambiental, a UNIPAZ trabalha com programas, projetos e diferentes atividades de sensibilização, formação e pesquisa com comunidades nos níveis local, regional, nacional e internacional.

Para mais informações

Assessora Juliana Veloso – [email protected]

FONTEUnipaz São Paulo
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