
A telemedicina no Brasil ganhou espaço com a pandemia e muitos dos novos utilizadores afirmam a intenção de continuar a recorrer a esta modalidade de atendimento no futuro. É nesse sentido que aponta uma pesquisa feita pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra sobre a adoção das consultas à distância no país nos últimos meses, em que foram ouvidos 1004 pacientes de todo Brasil, entre os dias 11 e 15 de dezembro do ano passado.
Telemedicina no Brasil terá chegado a mais de metade da população
Segundo o estudo, seis de cada dez pacientes sabem o que é telemedicina. Destes, mais da metade (55%) afirmam já terem feito uma consulta deste tipo. Além disso, quase metade (46%) dos que já experimentaram a modalidade dizem que aumentarão o uso após o fim da pandemia.
Os dados mostram que a telemedicina no brasil também começa a influenciar a escolha dos pacientes no que diz respeito aos profissionais de saúde.
“Metade dos entrevistados que usam a telemedicina no Brasil afirmam ser muito mais provável selecionar um profissional que ofereça esse tipo de consulta em comparação com um que não ofereça, caso estivessem a avaliar um novo médico”, comenta Lucca Rossi, analista responsável pelo estudo.
LEIA TAMBÉM: Coronavírus em Famalicão: clínica disponibiliza apoio psicológico…
No contexto de uma pandemia global, o medo da exposição a uma possível contaminação foi o motivo apontado por quatro em cada dez entrevistados para o uso da telemedicina.
Entre os que experimentaram a modalidade, 54% afirmam que optariam pela telemedicina se tivessem sintomas parecidos aos do coronavírus (como tosse, febre, dor de garganta e dificuldade em respirar).
“De maneira geral, a confiança na telemedicina é ampla. Mesmo entre aqueles que a conhecem, mas preferem não utilizá-la, somente 3% afirmam não acreditar que esse tipo de atendimento seja eficaz”, aponta Rossi.
Seguro de saúde influencia a preferência pela telemedicina
Segundo o estudo, a diferença nos níveis de adoção da telemedicina no Brasil entre pacientes com e sem plano de saúde é notável. Entre os primeiros, 62% já experimentaram a modalidade. Já entre os não segurados, somente 37% afirmam já ter feito uma consulta do tipo.
Além disso, mais da metade (53%) dos entrevistados que afirmaram desconhecer ou não ter certeza do que era a telemedicina não possuem planos de saúde.
As empresas estão atentas: oito de cada dez pacientes que possuem seguro de saúde e já fizeram teleconsultas afirmam que seus planos cobrem a modalidade.
LEIA TAMBÉM: Mais literacia em saúde em Portugal com “A Saúde no Saber”…
Para mais informações