Com as vindimas a chegarem, o Clube de Produtores de Monovarietais do Vinho Verde recebeu esta semana a notícia de que a valorização da uva irá manter-se este ano, mesmo com todas as condicionantes que a pandemia impôs à economia. O objetivo é reconhecer o trabalho dos produtores de uva associados ao Clube, valorizando o fruto na próxima vindima tal como na fase pré-Covid, para reforçar a sustentabilidade económica da região de Monção e Melgaço: A Origem do Alvarinho. Um sinal de confiança para todas as famílias que, direta ou indiretamente, trabalham com a marca.
Luís Cerdeira, enólogo e gestor do Soalheiro, considera que “está a ser, sem dúvida, um ano difícil, mas a resiliência da nossa equipa é enorme e as decisões difíceis também têm de ser tomadas. Por isso, queremos que o Alvarinho e o Vinho Verde continuem a ter as uvas mais valorizadas do país e que os viticultores dos Vinhos Verdes e de Monção e Melgaço tenham uma viticultura sustentável. Estamos confiantes e focados no desenvolvimento sustentável e acreditamos no potencial dos nossos vinhos”.
É opinião no seio dos produtores de uva que a chegada desta época tão importante para a economia da região (as vindimas) implica a tomada de decisões que alavanquem o desenvolvimento e que valorizem o trabalho de um ano inteiro. Paulo Abreu, um dos viticultores mais antigos do Clube, acrescenta que “o investimento feito na viticultura pretende criar um rendimento complementar para as famílias e, caso não haja valorização, pode existir uma tendência para o abandona da vinha. Numa atividade tão vulnerável às condições climatéricas, é ainda mais importante existir estabilidade na valorização do nosso trabalho”.
A pensar nas vindimas e nos desafios de 2021: 35 hectares de Alvarinho serão plantados
Luís Cerdeira afirma que, num setor como o dos vinhos, é necessário olhar para estas decisões de uma forma integrada: em época de vindimas, “esta valorização depende também do trabalho das instituições que participam na regulação e controlo do setor: o Instituto da Vinha e do Vinho, a ASAE, a Comissão dos Vinhos Verdes e a Direção Regional da Agricultura, por isso, a colaboração de todos é fundamental. Não podemos esquecer todos aqueles que têm contribuído, a nível nacional e internacional, para as vendas dos vinhos e para o crescimento deste setor que constitui um dos maiores motores da agricultura e do desenvolvimento do interior em Portugal”.
Com o objetivo de continuar a contribuir para a afirmação de Monção e Melgaço como uma região vitivinícola de excelência, a primeira marca de Alvarinho de Melgaço vai, em conjunto com o clube de produtores, e já a pensar nas vindimas de 2021, promover a plantação de mais 35 hectares da casta, no próximo ano, ao abrigo da candidatura, recentemente aprovada, ao programa VITIS.
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O Clube, que agrega produtores parceiros do Soalheiro, pretende contribuir para afirmar a identidade histórico-cultural, patrimonial, económica e social dos territórios ligados à produção de vinhos de qualidade e a defesa dos legítimos direitos e interesses dos seus membros, em estreita cooperação com as associações de outros setores que lhe estão ligados, a fim de dotar o território dos meios necessários ao pleno desenvolvimento técnico e económico-social.
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