
Lançado no final de 2020, o novo álbum de João Farinha “SOLTO” foi recentemente elogiado pelo musicólogo e crítico musical holandês especializado em World Music, Rik van Boeckel.
Segundo Ric van Boeckel, João Farinha “importante representante do fado de Coimbra dá o próximo passo no seu desenvolvimento e é também inspirado na pop e no jazz”. Afirma ainda que “SOLTO” se trata de “uma bela sequela da estreia de Farinha. A saudade pode ser leve em tom – não falha em nada“.
O especialista recorda ainda a atuação de João Farinha com o Fado Ao Centro no início de Março de 2020, em Schipluiden, esperando voltar a assistir a concertos do músico e do seu grupo nos Países Baixos, assim que a crise da Covid-19 passar.
João Farinha, segundo Rik van Boeckel…
Eis a tradução da recensão do especialista dos Países Baixos…
“Solto é o segundo álbum de estúdio do fadista João Farinha. Depois do belo primeiro SIM (2018) e de um contributo para o álbum ao vivo Fado Ao Centro (2020), este importante representante do fado de Coimbra dá o próximo passo no seu desenvolvimento e é também inspirado na pop e no jazz.
No entanto, o fado de Coimbra continua a ser a base para Farinha, cuja voz barítona profunda soa tão bem como em Sim. Além da guitarra portuguesa, ouvimos o ukulele tocado pelo guitarrista Diogo Passos. Em Vira dos Desamores, Farinha faz uma viagem ao Brasil colaborando com Beto do Bandolim.
Muito bonitas são as faixas de abertura Mundança e Entre o Sono e Sonho, na qual a voz da cantora Viviane pode ser ouvida a partir da primeira nota. Em Pepa, Farinha é vocalmente assistido por Tiago Nogueira com uma parte vocal aguda que leva esta canção a um patamar mais elevado. Passos de Vento abre com o som do vento. Seguramente poder-se-ia intitular fadopop o tema que dá nome ao disco.
Hugo Gamboias proporciona um prazer extra na audição da sua guitarra portuguesa. Em algumas ocasiões, ele também pega na guitarra elétrica. Lindo é também a adição de um coro infantil em Embalando o Menino.
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Farinha escreveu ele próprio muitas das letras, mas contou igualmente com José Rebola que assinou a letra da faixa título e letras populares para Vira dos Desamores e Fado Estudantina. Este último refere-se ao facto de Coimbra ser uma cidade estudantil onde os estudantes escrevem fados para impressionar as suas amadas.
Em suma, uma bela sequela da estreia de Farinha. A saudade pode ser leve em tom – não falha em nada. Recordando a sua atuação no início de março de 2020, em Schipluiden, espero vê-lo a ele e ao seu grupo de volta ao nosso país depois da crise corona ou então em Coimbra, uma das minhas cidades portuguesas favoritas”. (Rik van Boeckel)
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