A pandemia do coronavírus acelerou o uso da inteligência artificial na saúde pelos pacientes brasileiros. É o que aponta pesquisa feita pela plataforma de busca e comparação de softwares Capterra sobre a adoção da tecnologia no Brasil, nos últimos meses, e em que foram ouvidos 1004 pacientes de todo país, entre os dias 11 e 15 de dezembro do ano passado.
Os dados fazem parte de um estudo em que o Capterra também analisou o uso da telemedicina no país, que mostrou que mais da metade (55%) dos entrevistados já fizeram uma consulta do tipo.
Segundo a mais nova pesquisa, 39% já interagiram com um chatbot de inteligência artificial ou um assistente virtual pelo site de um médico, plano de saúde ou centro de saúde. Destes, 61% fizeram-no depois do início da pandemia.
Inteligência artificial na saúde não substitui contacto direto nas preferências dos utentes
Os dados mostram que a inteligência artificial na saúde e as novas tecnologias ganham espaço, mas que o contato direto com os profissionais de saúde segue sendo muito valorizado.
Quando perguntados sobre qual seu método preferido para compartilhar o histórico de paciente e outras informações antes de uma consulta com um profissional de saúde, 40% afirmaram que presencialmente, com um enfermeiro ou médico, enquanto 20% disseram que sua primeira opção seria fazê-lo através de um assistente virtual com inteligência artificial.
“Observamos que os pacientes [brasileiros] estão mais familiarizados com as aplicações básicas da IA, como o atendimento por meio de robôs virtuais para responder perguntas simples. Questões mais complexas, como o diagnóstico assistido por IA, são desconhecidas por uma grande fatia dos entrevistados”, comenta Lucca Rossi, analista responsável pelo estudo da Capterra.
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Tal reflete-se num maior receio em utilizar essa tecnologia para questões mais complexas: 50% afirmam, por exemplo, que sentiriam algum nível de desconforto em ter uma medicação prescrita por um software alimentado por IA.
Para 59%, a rapidez no atendimento é o maior benefício do uso da inteligência artificial na saúde. Quanto ao futuro do uso dessa tecnologia, os dados são otimistas.
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Felipe Marques
Capterra
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