A abertura da Lagoa de Santo André ao mar realizou-se dia 4 de junho, este ano sem a multidão que se junta nas margens do canal para não perder este espetáculo da natureza. As restrições impostas pelo Estado de Emergência, devido à Covid-19, assim o determinam.
A ocasião contou com as presenças do Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, do Vereador da Câmara Municipal, Albano Pereira, do Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, David Gorgulho, do Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Paulo Catarino, do Presidente do Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), Nuno Banza, e do Vice Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Pimenta Machado.
Abertura da Lagoa de Santo André ao mar poderia não ter acontecido este ano
Recorde-se que a abertura da Lagoa estava programada para meados de março, mas a situação de Estado de Emergência devido à pandemia por Covid-19 levou ao seu adiamento para o início de abril. A APA entidade responsável pela abertura da Lagoa, pediu o parecer vinculativo ao Instituto de Conservação da Natureza e da Floresta (ICNF), que emitiu um parecer desfavorável, evocando que a abertura da Lagoa neste período iria afetar a nidificação de uma espécie de aves.
Perante essa possibilidade, a Câmara Municipal de Santiago do Cacém fez chegar as suas preocupações ao Secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território e à APA para que esta decisão fosse reconsiderada, o que veio a acontecer. Também a população manifestou a sua preensão tendo sido lançada uma petição para que Lagoa de Santo André fosse aberta, este ano, ao mar.
Este é um procedimento fundamental do ponto de vista ambiental para a renovação do sistema lagunar de extrema importância para o habitat das várias espécies que aqui vivem, desde os peixes às aves migratórias.
A Lagoa de Santo André é também importante para a comunidade piscatória e toda a atividade económica que resulta da pesca, como a da restauração, estendendo-se ainda às pessoas que frequentam a Lagoa. Desta forma é necessário encontrar o equilíbrio que garanta a preservação da avifauna e do meio ambiente da Reserva Natural e as pessoas que necessitam da Lagoa.
Para mais Informações
Gisela Benjamim – Câmara Municipal de Santiago do Cacém
GB*******@cm**************.pt