A reabertura gradual da economia não teve um efeito significativo no total de gastos registados no último mês. De acordo com a primeira edição do Tendências de Consumo do UNIDO, o volume de gastos totais – que inclui, além das compras com cartão, também os levantamentos em ATM, débitos diretos em conta (como hipotecas, créditos, seguros, etc.), pagamento de impostos, comissões e juros, e transferências associadas a pagamentos – recuperou, em média, cinco pontos base em maio, face ao registado durante o período de confinamento.
Apesar desta recuperação, permanece 47% abaixo da média semanal registada nos dois primeiros meses do ano.
O UNIDO é o agregador financeiro do banco WiZink e conta atualmente com mais de 18.000 utilizadores. Trata-se de uma aplicação que permite juntar todas as contas de particulares e cartões numa só App, ajudando os utilizadores a controlar e a gerir o seu dinheiro de forma mais fácil.
Através da categorização das despesas mensais dos seus utilizadores, o UNIDO permite observar as tendências de consumo no consumidor final, de forma contínua e consistente, apresentadas agora no primeiro boletim de Tendências de Consumo. Toda a informação é recolhida, processada e apresentada, garantindo o total anonimato dos seus utilizadores.
Tecnologia resistiu melhor ao fecho económico, segundo as tendências de consumo do WiZink
Depois de registarem as quebras mais acentuadas durante o período de confinamento, entre 70% e 80%, restauração, vestuário e beleza são agora os setores que mais recuperam. Só na última semana, o setor da beleza recuperou mais de 20 pontos base face à quebra média registada durante o confinamento. No mesmo período, restauração e vestuário recuperam 17 e 13 pontos percentuais, respetivamente. Nota ainda para o consumo no setor da cultura, que encerra maio a subir 14% face ao período de confinamento, quando chegou a valores nulos, segundo o Tendências de Consumo do UNIDO.
Mas foram as categorias de perfil tecnológico aquelas que melhor resistiram ao encerramento da economia. Destaque para as categorias de eletrodomésticos e computadores e de jogos e consolas, cujo consumo foi mesmo superior ao registado nos dois primeiros meses do ano, chegando a subir quase 50% durante o período de confinamento.
Enquanto os eletrodomésticos e computadores mantêm a resiliência nos padrões de consumo no último mês, os jogos e consolas registam uma quebra acentuada com o relaxamento das medidas de confinamento, de acordo com as Tendências de Consumo do agregador financeiro do WiZink.
Quebra residual nas despesas de supermercado
Já as despesas com supermercado mantiveram um perfil de consumo relativamente inalterado durante o período de confinamento, com uma quebra residual média de 8%, depois de registarem uma procura anormalmente elevada na semana em que foi declarado o estado de emergência, bem como na anterior (a par com farmácia e beleza).
O consumo de combustíveis, por seu lado, que chegou a cair quase 80% na semana de 12 de abril, recupera em maio, e situa-se agora perto dos 50% face aos valores registados no período pré-confinamento, analisados os dados das tendências de consumo.
Sobre o WiZink:
O WiZink é o banco digital espanhol especializado em cartões de crédito e soluções simples de poupança que dão resposta às necessidades do dia-a-dia de mais de 2 milhões de clientes em Portugal e Espanha.
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Marta Marques Silva
Consultora de Comunicação – First Five Consulting