centro empresarial de espinho
Projeto do novo Centro Empresarial de Espinho é do arquiteto italiano Alex Tona

Começou hoje a ser construído o Centro Empresarial de Espinho, que será o primeiro equipamento do município a apresentar espaços prontos para ocupação imediata por firmas do setor industrial, marcas de serviços e profissionais liberais. O projeto é do Grupo Tagar e representa um investimento de 28 milhões de euros, metade dos quais financiados com capitais próprios deste conjunto de empresas especializado em construção civil, energias renováveis e equipamento industrial de grande porte como gruas e plataformas elevatórias.

A primeira experiência do Grupo Tagar em espaços para ocupação imediata em formato chave-na-mão foi o Cento Empresarial da Feira, que desde 2017 funciona nas antigas instalações da gigante de calçado Rohde e atualmente acolhe cerca de 70 firmas, estejam elas instaladas em pavilhões industriais ou em escritórios mais vocacionais para serviços, empresários individuais e outros profissionais.

Qualquer que seja a dimensão do espaço em causa, o facto é que cada locação foi entregue ao devido inquilino de acordo com as especificações técnicas exigidas à atividade da sua empresa, o que levou a que se instalassem no referido equipamento marcas como a Faurecia, McDonalds, Parfois, Resiway, AESSEAL, RentPiano e FuneralBooking.

Para Hugo Pinto, diretor de investimentos do Grupo Tagar, faltava agora criar uma infraestrutura idêntica em Espinho, cujo tecido empresarial vem ocupando sobretudo imóveis de tipologia tradicional e “já há alguns anos reclama alternativas mais sofisticadas, com maiores preocupações energéticas e ambientais, e serviços partilhados para otimização de recursos”. Localizado na freguesia de Paramos, na fronteira com o concelho de Ovar, o Centro Empresarial de Espinho vai corresponder a essas expectativas: implantado num terreno de 58.000 metros quadrados e reservando 23.000 para construções cobertas, vai dispor de valências comuns como salas de reuniões e cafetaria, e incluirá estacionamento próprio com capacidade para 500 viaturas e pontos de carregamento para veículos elétricos.

“Isso representa um nível de modernidade completamente novo para Espinho, o que acreditamos que funcionará como um estímulo para a atividade das empresas e profissionais que se associarem ao projeto, dada a dinâmica que todo o complexo vai ter e a rede de contactos e parcerias que facilitará”, garante Hugo Pinto.

Centro Empresarial de Espinho com betão pré-fabricado no edifício e paisagismo na envolvente

O projeto do novo Centro Empresarial de Espinho é do arquiteto italiano Alex Tona, que revela que o edifício será construído em betão pré-fabricado e exibirá uma “traça modernista especialmente cuidada ao nível estético”, para que imóvel e respetivas zonas verdes se adequem devidamente às estruturas habitacionais da envolvente. “Estamos a falar de uma zona de passagem com algum movimento e queremos salvaguardar o enquadramento de tudo, portanto todo o edifício vai ser circundado por jardins e a envolvente dos espaços empresariais será sujeita a arranjos exteriores de arquitetura paisagística”, diz o arquiteto.

O local também vai envolver uma intervenção cuidadosa ao nível de acessibilidades, o que, segundo Alex Tona, se concretizará em dois domínios: um estritamente rodoviário, que pretende assegurar “arruamentos mais largos do que o habitual para evitar que um carro parado seja o suficiente para impedir a circulação dos camiões”; e outro ao nível da mobilidade para todos, que prevê o “rebaixamento de passeios e outras medidas necessárias para uma circulação que não coloque quaisquer impedimentos” a pessoas com deficiência ou incapacidade temporária, ciclistas e cidadãos com carrinhos de bebé ou similares.

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No contexto energético, estão igualmente a ser avaliados os requisitos exigidos em termos de certificação para que o Centro Empresarial de Espinho seja “ambientalmente responsável”. Entre as soluções cuja instalação já está prevista incluem-se painéis fotovoltaicos para conversão de energia solar em eletricidade a utilizar no aquecimento de águas e salas, reguladores de fluxo de água para redução do desperdício e sistemas de captação e filtração de águas pluviais para reutilização em autoclismos e regas.

Pavilhões ecoindustriais pensados para trabalho por turnos

Alex Tona realça que o objetivo dessas medidas de eficiência energética é garantir que “todas as marcas instaladas no local possam funcionar como empresas ecoindustriais”, de acordo com uma política que visa a partilha de recursos comuns, o auxílio mútuo e “a preocupação de deixar na comunidade a menor pegada ambiental possível”. Isso não invalida, contudo, que cada pavilhão, com 5.000 a 6.000 metros quadrados de área útil, possa ser rentabilizado ao máximo em termos de produção, pelo que, antes das especificações requeridas pelos respetivos inquilinos, esses espaços apresentarão apenas um número mínimo de divisórias internas e privilegiarão o conceito open space.

No mesmo espírito de competitividade, também o estacionamento do novo centro empresarial reserva, entre os seus 500 lugares, mais de 100 para uso exclusivo de funcionários das empresas aí instaladas. O arquiteto explica que isso visa assegurar “aparcamento sempre disponível mesmo nas mudanças de turno”, em específico naqueles momentos em que, estando alguns funcionários ainda a trabalhar, os que chegam para os substituir poderiam não encontrar lugares vagos a tempo de iniciar funções no horário exato.

Hugo Pinto admite que, para grande parte da população, esses podem parecer detalhes menores, mas garante que, para um empresário e empregador, o que está em causa são “mais-valias que representam ganhos consideráveis de eficiência e competitividade, sobretudo quando multiplicados por vários funcionários e por dias sucessivos”.

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Numa altura em que os próprios governos começam a legislar sobre a necessidade de separar a vida profissional da pessoal, o diretor de investimentos do Grupo Tagar defende, aliás, que “esse equilíbrio passa não apenas por gerir bem cada euro, mas também por gerir ainda melhor cada minuto e cada segundo”.

Sobre o Grupo Tagar:

O Grupo Tagar tem como empresa-mãe a Tagar, firma que Ilídio Tavares e Edgar Garcia criaram na década de 1980 e que logo se afirmou na Venezuela com a construção do Metro de Caracas. Em 1999 os mesmos empresários fundavam a Eurotagar, que, operando no aluguer de gruas de torre e gruas móveis, ganhou os contratos relativos a várias autoestradas e outras estruturas viárias em Portugal. Essa empresa acabaria por especializar-se na disponibilização de autogruas, camiões-grua, plataformas elevatórias e outros equipamentos de grande porte para a indústria da construção e da metalomecânica.

Ilídio Tavares e Edgar Garcia decidiram, contudo, diversificar o seu ramo de atividade na sequência da crise que, na viragem do milénio, se abateu sobre o setor da construção e, dessa forma, em 2007 lançaram-se no negócio das energias renováveis. Foi nesse domínio que a Eurotagar assumiu a concretização de quase todos os grandes parques eólicos em Portugal, entre os quais os de Moimenta da Beira e o de Três Marcos, em Vila Nova de Paiva. 

Seguir-se-ia a fase de plena internacionalização do grupo, que, estando já presente na Venezuela, entraria em Espanha em 2009 e no Chile e em Marrocos em 2012. Os mercados seguintes foram Panamá, Moçambique, África do Sul, Quénia, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, Guatemala e França. Nesse universo global, uma das obras mais impressivas da marca foi o Parque Eólico Malleco, que, no Chile, abarca 77 aerogeradores, cada um dos quais com capacidade para gerar 4.2 MW de energia.

Atualmente, além da Tagar e da Eurotagar, o grupo integra ainda as empresas Idelgrua Ibérica, Gruav, Transtagar e Intergruas, o que representa uma força laboral conjunta na ordem dos 300 postos de trabalhos diretos.

Para mais informação, contactar:

Maria N. Teixeira

[email protected]

FONTETagar
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