
O webinar «A Hora de Itália», uma iniciativa do Turismo do Porto e Norte, fez o diagnóstico deste mercado turístico, tendo Marcelo Rebanda, da delegação do Turismo de Portugal em Itália, revelado que “os turistas italianos apreciam muito a autenticidade de Portugal e da Região Norte, sentindo-se em casa quando viajam para o nosso país”.
O ciclo de sessões digitais, que começou com Espanha e já fez a auscultação do mercado francês, brasileiro e norte-americano, visa o ajustamento da oferta dos agentes do setor às novas preferências do turista pós-pandemia, identificando oportunidades e tendências. Nesse sentido, Marcelo Rebanda sinalizou “a gastronomia, os vinhos, o turismo religioso, a saúde e bem-estar e o luxo acessível” como os produtos estratégicos que estão no topo das preferências dos italianos.
Turistas italianos estavam no top 10 antes da pandemia
“Este mercado ocupava, em 2019, a posição número 7 no ranking dos principais fluxos turísticos para Portugal e também para o Porto e Norte, tendo nesse ano crescido 12,5 por cento” destaca o Presidente do Turismo do Porto e Norte, Luis Pedro Martins.
Itália foi um país particularmente afetado pela crise sanitária, o que criou um natural receio na população para fazer férias em locais longínquos. “Se, por um lado, a relativa proximidade deixa-nos bem colocados para receber turistas deste mercado, também é verdade que o italiano deve privilegiar fazer férias no seu País”, considera o delegado do Turismo de Portugal, estimando em 20 por cento a percentagem de turistas de italianos que se deslocam ao estrangeiro em lazer.
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Dos dados reportados, destaque ainda para o crescente interesse manifestado pelas faixas etárias mais jovens, o que em parte encontra explicação no considerável número de estudantes Erasmus no País e que no «passa a palavra» descrevem um país fantástico, genuíno e carregado de história.
Outra das grandes preocupações prende-se com a reposição do tráfego aéreo entre os dois países. Antes de fevereiro de 2020, quatro companhias aéreas tinham voos diretos a partir dos seis principais aeroportos de Itália e a retoma da operação vai, naturalmente, depender bastante da evolução da pandemia e da procura.
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Paulo Maia
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