Tendo sido confrontado com reclamações provenientes de profissionais de várias Instituições do Serviço Nacional de Saúde (SNS), pela não aplicação de medidas preventivas a ter em consideração na atual situação de pandemia provocada pelo Covid-19, o Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS) solicitou hoje, aos Conselhos de Administração de várias entidades, a implementação urgente de instruções aos Serviços, no que respeita à aplicação das normas de prevenção do coronavírus e Controlo de Infeção.
Enquanto representantes dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica, grupo profissional que atua numa ampla área de cuidados de saúde, o STSS considera urgente que as instituições do SNS adotem medidas de contenção de propagação do vírus. “A não aplicação rigorosa das normas de segurança, de uma forma igual e uniforme, está a gerar um clima de grande perplexidade e preocupação nos profissionais por nós representados. Quer pela desigualdade de tratamento instalada, sem qualquer fundamento, assim como pelo risco a que se encontram expostos” lamenta o Presidente do STSS, Luís Dupont. Reforçando, “os profissionais de saúde têm sido incansáveis, e vão continuar a ser, na resposta necessária para combater esta pandemia, salvaguardando, assim, o bem maior que deveremos sempre ter em conta: a defesa intransigente dos cidadãos e da resposta do SNS. Mas tal não pode, nunca, significar que os profissionais possam descurar a sua saúde e segurança, bem como de colegas, familiares e, até mesmo, doentes”.
Reforço e proteção individual dos RH são medidas críticas na prevenção do coronavírus
Como medidas fundamentais, para além do reforço urgente das equipas com a contratação de mais profissionais de saúde, a estrutura sindical considera que estes devem estar munidos de luvas de proteção individual de uso único e máscaras de proteção individual (máscaras cirúrgicas e FFP2), as indicadas para partículas respiratórias superiores a 5 mícrons, de acordo com o estipulado pela DGS, deixando o apelo “para que a distribuição de material de proteção seja equitativa, de modo a que todos os serviços estejam minimamente abastecidos”. Também o acesso aos serviços de saúde, em contexto de ambulatório, deve estar limitado aos casos de necessidade imperiosa e inadiável. Pois, “só deste modo se diminui o acesso desnecessário de utentes aos serviços do SNS, protegendo os próprios, assim como, toda a comunidade hospitalar”.
Todas as outras normas de segurança devem ser aplicadas em conformidade com as orientações da DGS, consoante o procedimento invasivo ou não invasivo, de maior ou menor proximidade com os utentes, ou com produtos biológicos dos mesmos.
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Teresa Juncal Pires | 910 945 790 | te***************@es**************.pt