Line… quê? Slack. “Slackline”, como o pronunciam os entendidos e admiradores. Os curiosos, esses, olham lá para o alto e dão-lhe um nome bem mais terra-a-terra: corda bamba. São cada vez mais as autarquias, as empresas e os organizadores de eventos a apostar em acontecimentos diferenciadores, com o intuito de dinamizar festividades, ativar marcas ou robustecer iniciativas maiores, diferenciando-as. E os “slackliners” lusitanos têm aproveitado o ensejo.

«Em Portugal, e não obstante um rácio de praticantes ainda aquém de outros países, o “slackline” tem vindo a desenvolver-se a bom ritmo e marcado presença em grandes iniciativas, como a Feira do Livro de Lisboa, o Festival Músicas do Mundo (Sines), o Mega Piquenique do Continente (Lisboa), o Sushi Fest (Oeiras), a Feira de Educação, Formação, Juventude e Emprego (EXPONOR), entre outros», sublinha André Vaz, da Monkeybiz, pioneira em Portugal neste tipo de modalidade e serviços.

A empresa, que organiza eventos de “slackline”, colocou já milhares de portugueses na corda bamba, literalmente, em atividades de maior ou menor dimensão. E a prática tem já escolas e parques “indoor” que lhe dedicam espaço, ao lado de outras disciplinas urbanas e alternativas, como o “parkour”.

Na corda bamba da Nazaré à Serra da Estrela…

Certo é que este desporto tem trazido já ao nosso País vários dos melhores praticantes europeus. O “Slackline European Cup”, por exemplo, assentou arraiais em Fornos de Algodres em agosto último, com “trickliners” europeus de topo em competição, incluindo portugueses.

Slackline picnic continente lisboa
O Mega Piquenique do Continente, em Lisboa, foi uma das primeiras experiências de “slackline” para o grande público

Mais brado deu, no final do ano anterior, a proeza de um grupo de “slackliners” (os “Western Riders”), que montou uma corda a ligar o penhasco da Praia do Norte à Pedra do Guilhim, na Nazaré. As imagens da travessia (na variante de “highlining”), de cortar a respiração, correram mundo e tornaram-se virais, tanto mais que o local é famoso pelo impacto das ondas gigantes.

O “slackline” está a tornar-se uma imagem comum em ruas, jardins, parques e praias de cidades de todo o mundo (o Parque da Cidade do Porto, por exemplo, é um dos locais onde, sobretudo aos fins-de-semana, com bom tempo, é normal ver-se praticantes em manobras). Pode ser praticado em qualquer lugar e consiste na prática de equilíbrio sobre uma linha dinâmica, esticada entre dois pontos fixos – onde o “slackliner” caminha ou executa manobras, como saltos e outros truques. Daí apelidar-se de “trickline” a esta variante da corda bamba. É das mais populares e possui igualmente um grande impacto visual.

Já o “highline” executa-se em grandes alturas, entre montanhas, pontes ou prédios, e é o campo predileto de praticantes “hard”.

Workshops, team building… sempre na corda bamba

Profundamente ligada ao nosso imaginário (lembram-se do equilibrista Philippe Petit e a sua caminhada ilegal entre as antigas Torres Gémeas de Nova Iorque, em 1974?), a corda bamba tem um grande potencial ao nível do entretenimento e da visibilidade.

Primeiro Highline Urbano no Porto
O primeiro “highline” urbano no nosso País foi no Porto

A travessia de uma linha de dois centímetros e meio, a 20 metros de altura, ou um mortal sobre uma fita de cinco centímetros, configuram proezas de cortar o fôlego e que prendem a atenção dos mais distraídos. «O “slackline” materializa a remota possibilidade de se caminhar numa corda bamba, cativando e inspirando uma sensação de superação e conquista, àqueles que se atrevem a experimentar», concretiza André Vaz, da Monkeybiz, ele próprio um praticante.

«Seja através de uma primeira experiência, de um “workshop”, de uma sessão de “team building” ou de uma demonstração, o “slackline” contribui de forma relevante para a visibilidade e a dinâmica de espírito que se pretende incutir em diversos tipos de iniciativa», refere o mesmo responsável.

Este desporto tem trazido a Portugal vários dos melhores praticantes europeus

E a multiplicidade de variações do “slackline” permite, de facto, a sua adequação tanto ao mais inexperiente como ao mais atrevido dos públicos. Uma primeira experiência é, geralmente, a escolha dos grandes eventos, onde o grande fluxo de pessoas não permite, a cada interveniente, disfrutar de muito tempo na corda bamba nem um acompanhamento tão personalizado.

Neste tipo de atividade, os “slacklines” são montados com uma altura compreendida entre vinte e trinta centímetros, com uma distância reduzida, para que esteja ao alcance do comum dos mortais. É costume esta atividade ser acompanhada por uma demonstração que acaba por funcionar como chamariz.

Este desporto possui algumas variações como o “waterline” (sobre a água) e “highline” (em grandes alturas, entre montanhas, pontes ou prédios). Já o “trickline”, a variação mais popular, consiste na realização de manobras arrojadas que, geralmente, cativam o público de uma forma muito particular, proporcionando uma sensação de adrenalina incrível e produzindo um grande impacto visual.

Corda Bamba
Em plena corda bamba na Feira do Livro de Lisboa

Em qualquer local e para qualquer público

As demonstrações podem assumir várias facetas. O “trickline”, com as suas manobras de “freestyle”, arrancam facilmente aplausos e gritos de incentivo. O “highline”, por sua vez, proporciona momentos de suspense e tensão que, em regra geral, cativa de tal forma o público que o silêncio acaba por imperar!

A versatilidade do “slackine” não se esgota nas desmonstrações e nos “workshops”. Pode também ser enquadrado num contexto de “team building” e em consonância com o seu propósito. O desafio, pela dependência que se tem de terceiros numa primeira experiência para alcançar e manter o equilíbrio, promove o fortalecimento de laços, havendo um sem número de exercícios e jogos que podem envolver trabalho em equipa.

(Para saber mais sobre este tipo de eventos pode consultar o website de serviços da Monkeybiz Slackline)

FONTEMonkeybiz Slackline Shop
Artigo anteriorWILDSTYLEZ confirmado na Galp Beach Party da praia do Aterro
Próximo artigoBrinde personalizado para clientes ganha o doce sabor do marketing sensorial…
André Vaz, 36 anos, Porto. Co-fundador e SEO manager do Press Point. Licenciado em Filosofia e com formação em Marketing Digital, trabalha no desenvolvimento de sites, em SEO e gere vários projetos de conteúdo.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor introduza o seu comentário
Por favor introduza o seu nome