A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE), alerta para a falta de apoios ao setor, que apenas em dezembro já sofreu perdas de mais de 30 milhões de euros devido ao cancelamento de Festas de Natal e Passagem de ano, entre outros que ficam condicionados pelas atuais restrições. A associação sublinha que, de acordo com os seus associados, já se antecipam quebras de 90% nos trabalhos previstos para os dois primeiros meses do ano.
A APSTE reivindica medidas como a reavaliação do programa APOIAR, cujos fundos considera insuficientes, ou a extensão das moratórias, de forma a colmatar as dificuldades financeiras enfrentadas por mais de duas centenas de empresas do setor de serviços para eventos, que garantem cerca de 1.500 postos de trabalho diretos e 3.000 indiretos.
Depois de dois anos com grandes constrangimentos, o setor continua a lutar pela sobrevivência, com quebras gerais a rondar os 80% desde março de 2020.
“As atuais medidas protegem os decisores políticos, porque não existem limitações diretas ao setor além da obrigatoriedade de teste em todos os eventos, o que já de si é condicionante. Mas a verdade é que os eventos não estão a acontecer, numa fase essencial para as nossas empresas, o que indiretamente quebra o nosso sustento. Muitas empresas contavam com este período para recuperarem alguma da sua liquidez e salvar as suas equipas, mas tal não aconteceu, com enormes prejuízos financeiros e humanos”, critica Pedro Magalhães, Presidente da APSTE.
Fim das moratórias foi um golpe para as empresas de serviços para eventos
As condicionantes previstas para a época festiva e início do próximo ano foram motivo de cancelamento de inúmeras festas de natal e de passagem de ano, com diversas autarquias a utilizar o contexto da pandemia para a não realização de eventos. Por este motivo, a APSTE felicita as que mantiveram os eventos de forma ajustada às restrições, por exemplo com bilhetes e controlo de entradas ou multipostos de fogo-de-artifício para assistir em casa.
O fim das moratórias foi também um golpe para as empresas do setor, que ainda não normalizaram a sua atividade e se encontram em fase de difícil recuperação, depois de longos períodos sem trabalho.
O presidente da ASPTE acrescenta que “anunciar medidas como o pagamento de impostos a prestações é atirar areia para os olhos do nosso setor. Se nem estamos a faturar, não temos impostos para pagar! Precisamos de mais ajudas como foram dados – e bem – a outros setores também muito afetados com as restrições anunciadas na semana passada”.
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A instabilidade política nesta fase é outra das questões levantadas pela associação, que também lamenta a ausência de melhor orientação e avaliação da situação, num momento em que Portugal tem cerca de 90% da população vacinada e está a aplicar a terceira dose de reforço da vacina. A associação menciona que a realidade pandémica é algo com que teremos de lidar, mas é essencial não estrangular a economia.
Sobre a APSTE:
A Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos foi fundada em junho de 2020 no seguimento da criação do Movimento Cancelado, que resultou na chamada de atenção para a falta de representatividade do sector perante as entidades competentes, urge a necessidade de se organizarem.
Tendo em conta o alcance que o movimento conseguiu justifica-se a criação de uma Associação que permite reunir as empresas do sector de serviços técnicos para eventos, atualmente dispersos e sem representatividade no mercado.
O objetivo é caminhar no sentido de regular o sector, através da criação de normas e regras que visem a melhoria dos serviços a prestar pelos associados e melhor a imagem no que se refere à qualidade, seriedade e princípios a praticar.
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