O governo está já a preparar o período pós-CODIV 19, que prevê a promoção de modelos de negócio que passam pelo reforço da utilização da tecnologia e pela qualificação de pessoas e organizações, incluindo a administração pública, afirmou o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, no primeiro SMART PORTUGAL Webinar organizado pela NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, o laboratório de inteligência urbana da NOVA Information Management School (NOVA IMS).
Esta quarta-feira, o Ministro do Planeamento, o Presidente da Câmara de Viseu e Vice-presidente da Associação Nacional dos Municípios Portugueses, António Almeida Henriques, o Presidente da CIP- Confederação Empresarial de Portugal, António Saraiva e o Presidente Executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, participaram num debate moderado por Miguel de Castro Neto, sobre Inteligência Urbana e Coesão Territorial no Combate à Pandemia. A importância da transformação digital para fortalecer a economia portuguesa, depois da crise provocada pela COVID-19, e a necessidade de procurar novos modelos de negócio, reuniram consenso.
Miguel de Castro Neto, subdiretor da NOVA IMS e coordenador do NOVA Cidade, abriu o webinar lançando o repto “será a inteligência urbana uma resposta aos desafios que a pandemia coloca e capaz de apoiar a recuperação económica de que iremos necessitar assegurando simultaneamente uma maior coesão territorial”.
António Almeida Henriques salientou o carácter extraordinário da situação que se vive, atualmente. “Trabalhamos num cenário que não estava previsto, com uma grande dose de imprevisto”, disse, acrescentando que a primeira preocupação desta situação de exceção é “a saúde, mas depois vem o apoio aos cidadãos” e às empresas e “é necessário pensar no dia seguinte [à pandemia]”.
Iniciativa foi o “kick-off” do NOVA Cidade – Urban Analytics Lab
O mesmo sublinhou Nelson de Souza, em contexto da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab, defendendo ser necessário preparar o futuro e que o pós-crise decorrerá em dois tempos. Primeiro o tempo de “cuidar daqueles que saíram profundamente afetados desta crise”, em que é necessário “assegurar liquidez” e, de seguida, “assegurar aquilo que falta para repor as condições para que essas empresas, que souberam resistir a estas condições dificílimas tenham a sua continuidade”.
“Temos um segundo tempo de aprendermos com esta crise e de avançarmos com aquilo que gostaríamos de ter tido e não tivemos à nossa disposição, que são modelos de negócio diferentes, de acesso à tecnologia e do seu uso eficiente, modelos que exploram convenientemente a capacidade das pessoas com competências adquiridas, e, naturalmente, estratégias que assentem na qualificação das pessoas, das organizações e da administração pública”, acrescentou.
Estas declarações seguiram a linha traçada por António Saraiva, sobre a tarefa de recuperar a economia, estabelecendo a transformação digital como imperativo.
O presidente da CIP sublinhou que se vive um período de disrupção, que obrigou à alteração de comportamentos, atitudes e formas de trabalho, mas que as empresas estão a procurar adaptar-se, num processo que requer todo o apoio, com acesso facilitado e rápido. “Temos a tarefa de salvar a economia”, disse, acrescentando que o futuro terá de ser construído com o foco na transformação digital e explorando as oportunidades que a crise também está a criar.
Inteligência urbana tem um papel chave no combate à pandemia
Alexandre Fonseca defendeu esta mesma ideia durante a iniciativa da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab: “É necessário garantir que as empresas continuam a existir”, para que seja possível preparar o futuro. E, para que isso aconteça, “é fundamental que as medidas, do ponto de vista económico, sejam tomadas com a mesma celeridade com que são tomadas as decisões para proteção das pessoas”, acrescentou.
Estas posições mereceram a concordância dos restantes participantes neste primeiro SMART PORTUGAL Webinar, organizado semanalmente pela NOVA Cidade, que sublinharam a preocupação com “o dia seguinte” e apontaram como necessidades, para o futuro, o reconhecimento da importância da transformação digital, a promoção da literacia digital e a uniformidade de informação no sector público.
Apontaram o facto de a rede digital em Portugal ter uma penetração relevante, o que permitiu suportar o aumento significativo de fluxos, em consequência da determinação de confinamento das populações e da exploração do teletrabalho pelas empresas. “O investimento feito pelos operadores, nos últimos anos, foi decisivo”, defendeu Alexandre Fonseca.
Este primeiro encontro é o “kick off” de um conjunto de webinars semanais organizados pela NOVA Cidade onde é debatida a capacidade da inteligência urbana ter um papel chave no combate à pandemia e desenvolvimento do país. Os eventos serão transmitidos na plataforma ZOOM, com emissão em direto via Facebook na página da NOVA Cidade – Urban Analytics Lab.
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