festa do jazz 2022

Já é conhecida a programação completa da edição especial de celebração dos 20 anos de Festa do Jazz.

Além dos já anunciados Salvador Sobral (que faz questão de interromper o seu retiro para marcar presença na Festa do Jazz) e de Trilok Gurtu (com João Paulo Esteves da Silva, Yuri Daniel e improvisadores portugueses) há muito mais propostas irresistíveis, para, entre 16 e 18 de dezembro, atrair os fãs tanto no CCB como no Picadeiro do Antigo Museu dos Coches e Ler Devagar (detalhe em baixo).

No que diz respeito a bilhetes, a ideia da criação de um lote especial de passes pretende privilegiar os maiores fãs da Festa com uma oferta sem precedentes a quem se apressar e comprar já os seus bilhetes. Nos 20 anos da festa, por apenas 20 euros, os primeiros fãs a comprarem o passe terão acesso a todos os concertos, mais de 20, e ainda recebem o livro Festa do Jazz.

Os passes – série limitada – estão à venda na bilheteira do CCB e em ticketline.sapo.pt.

Com esta edição de 2022 do maior festival português de jazz feito por portugueses, cumprem-se 20 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, agentes, promotores, investigadores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país, entre muitos outros.

Festa do Jazz 20 anos, por Carlos Martins

Compreender a Festa do Jazz (FdJ) é determinante para compreender o jazz nas últimas décadas em Portugal, nomeadamente nos últimos 20 anos. Por isso fizemos um livro, editado em 2020 -única edição do género em Portugal- dos últimos 20 anos, sobre os universos, pessoais e colectivos, criados e/ou estimulados pela Festa.

Mas explicar tudo o que foi feito nos últimos 20 anos poderia ser, além de extenso, um exercício fútil discorrendo números e impactos que não serão nunca tão importantes como a visão qualitativa e simbólica dos inúmeros encontros e criações feitas pelos músicos portugueses de Jazz que são o centro da Festa. Foram estes músicos que iniciaram a internacionalização do Jazz que se faz em Portugal bem como os caminhos da pedagogia.

Por isso prefiro, enquanto diretor artístico, sublinhar algumas ideias e práticas essenciais à FdJ que são importantes para a comunidade de músicos que, entretanto, se consolidou em Portugal. A criação de comunidade e a sua sustentação, sublinhe-se, foi o nosso maior contributo, enquanto parceiro de uma rede, antes informal, de músicos, promotores, investigadores, jornalistas, professores, entre outros, abarcando um conjunto de vozes diversas, com diferentes experiências e papéis em diferentes contextos.

Neste prisma a Festa tem sido ao longo de 20 anos claramente o maior e mais completo observatório do jazz feito em Portugal criando momentos únicos de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados. É desde sempre o espaço aglutinador ao promover um encontro nacional anual, criando redes, formais e informais, apostando na criação, na improvisação, na pedagogia e na troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas de jazz nacionais. Do Concurso Nacional de Escolas (de Jazz) têm saído, desde há 19 anos, a maioria dos grandes músicos actuais que por sua vez vêm iluminando os caminhos futuros da música improvisada feita em Portugal, e agora na Europa.

Por outro lado, e cumprindo a vocação da Festa, a programação reuniu e reúne as mais variadas tendências da música improvisada portuguesa estando atenta aos aspetos inclusivos. Por isso passados 20 anos e nesta edição que celebra este aniversário, a inclusão de mulheres no programa em quase 50% dos grupos programados é para nós indissociável da luta que todos temos de travar para chamar mais mulheres ao jazz português que ainda é muito machista, como o resto da sociedade. Não é por isso inocente a nossa vontade de continuar a estimular outros festivais a fazerem o mesmo. Deve ser dito que não se podem “inventar” mulheres no jazz quando não existem nas escolas, nos grupos e na comunidade. O caminho é longo e de difícil percurso devido a questões culturais que, neste e noutros temas como o colonialismo ou o racismo institucional, por exemplo, contribuem para uma maior periferia portuguesa na Europa, além da geográfica. Mas haveremos de conseguir.

Foi também para encurtar essa periferia, física, cultural e psicológica que a Sons da Lusofonia/Festa do Jazz tem trabalhado estrategicamente na Internacionalização do Jazz português. Para tal realizou em Lisboa em 2018, com a Europe Jazz Network, a Câmara Municipal de Lisboa e o Centro Cultural de Belém, a primeira conferência europeia de Jazz em Portugal (European Jazz Conference) em que finalmente os músicos de jazz portugueses foram apresentados à elite europeia de jazz, de forma cuidada e estratégica, que trouxemos a Lisboa. Por fazer parte da Rede Europeia de Jazz há mais de 10 anos, a Festa do Jazz reuniu a documentação necessária para criar recentemente, com vários parceiros nacionais, a primeira Rede Portuguesa de Jazz – Portugal Jazz – nome sob o qual foi programada a primeira embaixada de jazz levando, desta vez, as mais importantes entidades do Jazz nacional à maior feira mundial de jazz – Jazzahead! em Abril deste ano.

Embora de carácter nacional a FdJ continua estes caminhos promovendo o encontro de portugueses com músicos europeus, como fazemos nesta edição da Festa. Além de nacional, a Festa é um festival de Lisboa, cidade que o acolhe e projecta. Por isso queremos convidar os Lisboetas que tanto nos têm dado a vir viver connosco esta celebração dos 20 anos e por isso convidamos a cidade e os lisboetas no primeiro dia de concertos, dia 16 de Dezembro, no Grande Auditório do CCB, a estarem connosco.

A Festa do Jazz é, pelos confrontos e celebrações que fomenta, um lugar de verdadeira alegria. Nesta edição dos 20 anos as surpresas serão muitas e imperdíveis. Vejam o programa e venham fazer a Festa connosco.

Programação

CENTRO CULTURAL DE BELÉM

Dia 16 de Dezembro: Grande Auditório 21h00

Convite à Cidade: 20 anos de Festa do Jazz

Trilok Gurtu, Yuri Daniel, João Paulo Esteves da Silva e convidados: Carlos Martins, João Frade e Mário Delgado

  • Trilok Gurtu, percussões
  • João Paulo Esteves da Silva, piano
  • Yuri Daniel, contrabaixo

Convidados:

  • Carlos Martins, saxofone
  • João Frade, acordeão
  • Mário Delgado, guitarra

Dia 17 de Dezembro – Pequeno Auditório

16h30

  • Nazaré da Silva Quinteto (PT)
  • Nazaré da Silva, voz
  • João Almeida, trompete
  • Bernardo Tinoco, saxofone
  • Zé Almeida, contrabaixo
  • João Pereira, bateria

17h30

Hugo Carvalhais “Ascetica” (PT/FR/LT)

  • Liudas Mockunas, saxofone tenor, sopranino e clarinete
  • Fábio Almeida, saxofone tenor e flauta
  • Fernando Rodrigues, órgão hammond e sintetizador
  • Gabriel Pinto, órgão hammond
  • Hugo Carvalhais, contrabaixo
  • Mário Costa, bateria

21h00

Salvador Sobral e Marco Mezquida – Cosa de Dois (PT/ES)

  • Salvador Sobral, voz
  • Marco Mezquida, piano

22h00

Prémios RTP/Festa do Jazz 2022

com João Almeida e Carlos Martins

22h30

Lantana (PT/PL/SE)

  • Maria Radich, voz
  • Anna Piosik, trompete
  • Helena Espvall, violoncelo
  • Joana Guerra, violoncelo
  • Maria do Mar, violino
  • Carla Santana, electrónica

Dia 18 de Dezembro – Pequeno Auditório

16h30

JAZZOPA (PT/ESP/BR)

  • Cádi, rapper
  • Noiatt, rapper
  • May, rapper
  • Mateja Dolsak, saxofone
  • Mariana Trindade, trompete
  • Tom Maciel, piano e teclado
  • Zé Almeida, baixo elétrico
  • Miguel Fernández, bateria

17h30

Joana Raquel e Miguel Meirinhos “Ninhos” (PT/ARG)

  • Joana Raquel, voz, letras e composição
  • Miguel Meirinhos, piano e composição
  • Demian Cabaud, contrabaixo
  • João Cardita, bateria

21h00

Perselí (PT/STC/MX)

  • Fuensanta Méndez, voz e contrabaixo
  • Alistair Payne, trompete
  • José Soares, alto saxofone

22h00

Prémios Lurdes Júdice – Encontro Nacional de Escolas

22h30

Marques/Cabaud Quarteto (ARG/PT/USA)

  • Gonçalo Marques, trompete
  • Bram de Looze, piano
  • Demian Cabaud, contrabaixo
  • Jeff Williams, bateria

PICADEIRO DO ANTIGO MUSEU DOS COCHES

Dia 17 de Dezembro

15h00

Debate “Cultura e Cidadania: Improvisação é Inclusão” c/ Andreia Monteiro, Dougie Knight, e Joana Machado

Programação gratuita.

16h00 – Encontro Nacional de Escolas

Programação gratuita.

Conservatório – Escola Profissional das Artes da Madeira – Eng. Luiz Peter Clode

  • Vitor Fernandes, saxofone alto
  • Beatriz Dória, piano
  • Emanuel Inácio, contrabaixo
  • Afonso Teles, bateria

Professor: Francisco Andrade

Escola de Jazz Luiz Villas-Boas – Hot Clube de Portugal

  • Ana Silva, flauta
  • Henrique Pinto, trompete
  • Mariia Soeiru, piano
  • Miguel Jorge, baixo
  • Raul Areias, bateria

Professor: Gonçalo Marques

JAM – Jazz Academy of Music

  • Beatriz Duarte,flauta
  • David Rodrigues, trompete
  • Francisco Van Epps, guitarra
  • Lourenço Lúcio – guitarra
  • Vítor Carvalho, baixo eléctrico
  • Nuno Jorge, bateria

Professor: Nuno Ferreira

ART’J – Escola Profissional de Artes Performativas da JOBRA

  • Ana Santiago, voz
  • Joshua Souza, saxofone
  • Rúben Rosa, trompete
  • Bernardo Barreira, guitarra
  • Afonso Figueiredo, baixo elétrico
  • Elijah Saxton, bateria

Professor: João Freitas

Universidade Lusíada de Lisboa

  • Sofia Costa, voz
  • Diogo Flosa, guitarra
  • Pedro Lopes, piano
  • Pedro Matos, baixo
  • Gonçalo Albino, bateria

Professor: Nuno Costa

19h00

DLW (GER/DEN)

  • Christopher Dell, vibrafone
  • Jonas Westergaard, baixo
  • Christian Lillinger, bateria

Programação paga.

Dia 18 de Dezembro

15h00

Debate “O Som de Lisboa: territórios acústicos e cidade” c/ Mestre André, Pedro Campos Costa e Carlos Martins

Programação gratuita.

16h00 – Encontro Nacional de Escolas

Programação gratuita.

Escola de Jazz do Barreiro

  • David Fernandes, voz
  • Lúcia Bartolomeu, voz e teclado
  • Paulo Lopes, saxofone
  • Cláudia Gonçalves, piano
  • Jorge Vasconcelos, baixo
  • Tiago Monteiro, bateria

Professor: José Soares

Escola Básica e Secundária da Bemposta

  • Salomão Boechat, saxofone Alto
  • Isaac Krasmann, guitarra
  • Samuel Miranda, baixo
  • André Rocha, baixo
  • Pedro Ramos, bateria

Professor: Vitor Guerreiro

Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra

  • Pedro Martins, vibrafone
  • Vicente Pechorro,piano
  • Santos,guitarra
  • Tiago Fernandes,baixo
  • Íris Valente,bateria

Professora: Andreia Santos

Escola Superior de Música de Lisboa

  • Julia Rassek, voz
  • Maria Fonseca, trompete
  • Álvaro Pinto, saxofone alto
  • Henrique Oliveira, saxofone tenor
  • José Manuel Cavaco, piano
  • Bruno Ponte, guitarra
  • Juliana Mendonça, contrabaixo
  • Maria Carvalho, bateria

Professor: Nelson Cascais

ESMAE

  • Afonso Silva, saxofone
  • Pedro Sequeira, vibrafone
  • José Martin Geyer, piano
  • Josias Ribeiro, guitarra
  • Xavier Nunes, contrabaixo
  • Pedro Latães, bateria

19h00

HERSE

  • Sofia Sá, voz
  • Clara Lacerda, piano
  • Raquel Reis, violoncelo

Programação paga

LIVRARIA LER DEVAGAR

Programação gratuita.

Dia 17 de Dezembro

23h00 – 01h30

Tom Maciel convida Thiago Alves e João Sousa + Jam Session

  • Tom Maciel, piano
  • Thiago Alves, contrabaixo
  • João Sousa, bateria

Dia 18 de Dezembro

23h00 – 01h30

Thiago Alves convida Júlia Perminova e André Sousa Machado + Jam Session

  • Julia Perminova, piano
  • Thiago Alves, contrabaixo
  • André Sousa Machado, bateria

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SALVADOR SOBRAL E MARCO MEZQUIDA – COSA DE DOIS

Salvador Sobral viveu nos EUA, em Mallorca e Barcelona, onde estudou Jazz durante 2 anos na prestigiada escola Taller de Musics. Ao longo deste período foi compondo as suas próprias canções, criando vários projectos e descobrindo a sua identidade musical.

Em 2016, lança o seu primeiro álbum a solo Excuse me. Em 2017 participa no Festival da Canção onde interpreta a canção Amar pelos Dois, de autoria de Luísa Sobral, vencedora do Festival da Eurovisão, no mesmo ano, com a pontuação mais alta de sempre. Desde então tem sido distinguido com vários prémios e menções e muito aclamado pela imprensa nacional e internacional.

Paralelamente ao seu percurso a solo, tem desenvolvido inúmeros projectos que se estendem a outros universos musicais e formações distintas: Noko Woi, Alexander Search, Mutrama,Alma Nuestra, Quinta das Canções e, mais recentemente, Salvador Sobral canta Brel.

…….

Há consenso em apontar Marco Mezquida como uma das aparições mais brilhantes e promissoras na cena musical da península em décadas!

Um artista preparado para assumir qualquer palco do mundo, foi premiado como Músico do Ano pela Associação de Músicos de Jazz e Músicos Modernos da Catalunha… não uma, mas quatro vezes.

Actuou em importantes auditórios de jazz e festivais em mais de trinta e cinco países e tem actuado e gravado com lendas do jazz como Lee Konitz e Dave Liebman e desenvolve uma carreira frutífera como frontman: Ravel’s Dreams, o seu projecto com o guitarrista flamenco Chicuelo, Beethoven Collage, Talismán, ou a sua aclamada dupla com a cantora Silvia Pérez Cruz e o tandem com o bailarino Sol Picó, ou os seus elogiados concertos a solo para piano, onde realça o seu papel como improvisador e compositor.

Recebeu já uma dúzia de prémios ao longo da sua curta e brilhante carreira musical.

TRILOK GURTU 

Instrumentista de notáveis recursos técnicos, Trilok Gurtu colaborou ao longo dos anos com uma lista impressionante de nomes incontornáveis do jazz, como Don Cherry, Joe Zawinul, Dave Holland, Pharoah Sanders ou John McLaughlin, bem como de outras latitudes musicais, como o rock, a pop, a música eletrónica e a world music, entre os quais Youssou NDour, Salif Keita, Cesária Évora, Bill Laswell, Gilberto Gil, entre muitos outros.

Trilok colaborou com músicos mundialmente conhecidos, começando com John McLaughlin, cujo trio com Trilok fê-lo florescer como solista durante 4 anos. Profundamente enraizado nas suas tradições indianas, não é uma surpresa que Trilok tenha colaborado com inúmeros artistas do panorama musical indiano tais como a sua mãe, Shobha Gurtu, Zakir Hussain, L. Shankar, Shankar Mahadevan, Hariprasad Chaurasia, The Misra Brothers and Sultan Khan. A World music tornou-se um género musical onde Trilok cravou o seu próprio cunho com o seu próprio grupo, com grande efeito, tendo tocado e gravado com Salif Keita, Oumou Sangare, Angelique Kidjo, Neneh Cherry, Omara Portuondo, entre muitos outros artistas.

Sobre a Festa do Jazz

A Festa do Jazz é o maior festival português de jazz feito por portugueses, que se realiza há 20 anos sem interrupções, reunindo diferentes públicos, críticos, promotores, músicos profissionais e estudantes de jazz de todo o país.

A Festa do Jazz é desde sempre o espaço aglutinador que promove um encontro nacional anual, para criar redes, formais e informais, e que promove a criação, a improvisação, a pedagogia, a troca de saberes dos envolvidos, incluindo os jovens das escolas. A Festa do Jazz é o observatório do jazz português e um momento único de revelação de novos talentos e de novas propostas de músicos consagrados.

A Festa do Jazz é, e tem sido ao longo dos anos, também um momento único de apresentação de novos talentos e novas propostas de músicos consagrados. Estes dois factores asseguram e exigem que a Festa do Jazz seja uma iniciativa de âmbito nacional, com promoção e divulgação prévia, repercussão ao momento e posterior em inúmeros media.

A Festa do Jazz apresenta uma programação maioritariamente em português, em todas as suas vertentes:

– Abordagem Profissional: o cartaz conta, desde o início, com os maiores nomes do Jazz nacional e alguns dos maiores do Jazz internacional;

– Abordagem Profissionalizante: a criação do concurso nacional de Escolas, único no mundo, como abordagem ao futuro do jazz nacional e a criação de condições de sustentabilidade

– Formação: residências artísticas e masterclasses com convidados de renome internacional

– Criação de redes formais e informais, nacionais e internacionais: membro da European Jazz Network, a Associação Sons da Lusofonia promove actualmente o projecto Portugal em Jazz (www.portugalemjazz.pt)

– Enquadramento permanente das questões de género e de cidadania e a criação de redes formais e informais que sirvam como construção de comunidades assentes em bons indivíduos.

Para mais informações

João Pinho
[email protected]
T: +351 934 049 032
FONTEFesta do Jazz
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