Se existem perguntas que fazem muito sentido, outras há que nem tanto. Antes de explicar como escrever um artigo na era digital, importa, antes de mais, contextualizar a questão e dissecar o que a fundamenta. Ou não precisasse todo o exercício do respetivo aquecimento!

como escrever um artigo na era digital

É verdade que, nos dias que passam, escrever bem continua a ser, apenas, bem escrever. Parece coisa pouca, mas…

Aprendemos a combinar palavras na escola primária, vocabulário avançado na universidade e estética literária na leitura. Sabemos, porque sabemos, que temos a capacidade de escrever um texto coerente e atrativo. Até aí tudo bem, estamos todos de acordo.

Mas é no pressuposto básico desta indagação que encontramos a premissa que altera tudo, quando dirigimos o nosso olhar para o nosso público e nos perguntamos… onde o podemos encontrar.

Partindo desse ponto, não é difícil esbarrar num facto: a mudança de paradigma que se verificou muito recentemente, com a democratização do acesso à Internet e a tendência crescente – e generalizada – do público para recorrer a esses canais na busca por informação.

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Nesta altura, e legitimamente, muitos de vocês devem-se estar a questionar de que forma isso faz de nós melhores ou piores escritores. Pois… A resposta é que não faz, de facto, não influi absolutamente nada. No entanto, é inegável que vimos convidado um “semideus” para a equação que determina a difusão da informação – um senhor chamado Google, com poder suficiente para definir se a nossa voz se faz ouvir ou se somos, simplesmente, pensadores mudos…

Por outras palavras, por melhor que possamos dissertar, escrever um artigo na era digital, que chegue às pessoas para que possa ser lido, não é mais um mero exercício de sintaxe, estética literária ou vocabulário adequado e pertinente.

Nesta nova era, ao escrever, temos de saber conciliar a sensibilidade estética com a matemática crua dos motores de busca. São estes últimos que definem quem merece ser ouvido e que, pela sua exigência, impuseram uma complexidade extra ao exercício da escrita.

Hoje, quando pensamos em como escrever um artigo, temos de considerar um novo leitor, o Google

Ora bem, e como devemos fazê-lo? É uma boa questão, senão mesmo “a tal” questão, aquela cuja resposta nos dá voz, aquela com poder para transformar texto em “ouro”, seja ele visibilidade, seja ele conversão.

Talvez a forma mais rápida de obter um esclarecimento seja pesquisar no Google. Com grande probabilidade, em primeiro lugar nos resultados, encontraremos um artigo bem redigido e de acordo com as boas práticas de SEO – Search Engine Optimization (otimização para motores de busca).

Mas nem sempre é o caso. Poderíamos examinar o conteúdo do primeiro resultado, procurar a matriz oculta sob a mensagem que o coloca acima dos outros. Poderíamos, porém não sem assumir um risco. É que nem sempre a melhor e mais otimizada redação assume o pódio.

Não existe uma formula vencedora, absolutamente objetiva e infalível. O Google baseia-se em mais de 200 fatores para aferir o posicionamento de cada resultado e nem todos os critérios são do conhecimento público. Se, em média, um primeiro lugar tem pelo menos duas mil palavras, muitos há que não chegam às trezentas.

De qualquer forma, ignorando o que escapa à redação e ao controlo de quem escreve, existe um conjunto de práticas que potenciam a visibilidade e alcance de um texto. É desses pressupostos, tidos como indiscutíveis no esteio do SEO on-page, de que queremos falar.

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Mas, em primeiro lugar, e antes de mais nada, devemos ir ao encontro do nosso leitor, saber o que este pesquisa e se temos a resposta para o que procura. Este primeiro passo resume-se a encontrar uma keyword (uma palavra-chave, ou conjunto de palavras/expressões pesquisadas).

Na fase seguinte, podemos começar a estruturar o texto, considerando sempre que, apesar de estarmos a escrever para pessoas, precisamos da máquina que nos leva até elas.

Para isto acontecer necessitamos, em qualquer circunstância, de colocar a nossa palavra-chave em alguns pontos estratégicos do nosso artigo. Deverá constar no título, no primeiro parágrafo (em “bold”), num subtítulo e mais algumas vezes ao longo do texto, com uma densidade próxima do 1%. Isto significa que, ao longo da nossa peça, a keyword, ou um sinónimo seu, deverá surgir a cada cem palavras.

Para além disso, e olhando para prescrições um pouco mais especificas sobre como escrever um artigo na era digital, devemos colocar a nossa keyword no Url da página, na meta-descrição e no meta-título, respeitar mais uma ou outra regra, que não se relacionam diretamente com a redação de uma peça. Como a questão das meta tags, que correspondem àquilo que o Google apresenta nos resultados, ou seja, o título e a descrição.

Um leitor digital é dono de sensibilidades distintas

como escrever um artigo

Ler um livro ou um artigo de jornal físicos é manifestamente distinto de fazê-lo através de um dispositivo digital, quer seja num computador ou num telemóvel. A capacidade de retenção de um artigo digital é posta à prova como nunca antes, num contexto em que o “mundo inteiro” está à distância de um simples click.

Então, para além de todas as regras-chavão que bem conhecemos, que prescrevem um título apelativo, a não repetição de termos, por aí fora…

Devemos recorrer a algumas práticas simples que possam contribuir para tornar a leitura simples e atrativa. Entre elas, deveremos considerar frases curtas, a utilização de listas e tópicos e abrir mão de imagens – parecem pormenores quase insignificantes, mas acabam por ser rotinas, entre aquelas de aplicação mais simples, que têm um impacto maior.

Ferramentas para a redação de um artigo digital

Com grande probabilidade, se escrevemos um artigo digital, este será publicado num site em WordPress. Nesse caso, a instalação do Yoast, um plugin de SEO, será de grande utilidade. Após a redação do conteúdo e a introdução da Keyword, o plugin faz uma avaliação do conteúdo e estrutura da peça, fornecendo “guidelines” para a sua otimização.

Por outro lado, se nos dirigimos à nossa audiência em inglês, existe uma ferramenta que é uma autêntico “canivete suíço”. O Grammarly ajuda-nos a produzir conteúdo irrepreensível do ponto de vista da correção gramatical e ortográfica, assim como nos assiste na otimização do tom e estilo da peça. Para além disso, possuí um verificador de plágio que verifica a singularidade do artigo. Isto é particularmente significativo quando, para a produção do texto, recorremos à curadoria. O Grammarly pode ser instalado com uma extensão para o nosso browser e conta com uma versão gratuita e uma versão premium.

No fundo, não pretendendo ensinar ou, pelo contrário, fazer uma campanha contra o que é – ou nem por isso – um bom texto, o objetivo foi apenas dirigir um olhar para uma nova realidade que acarreta novos desafios. Afinal de contas, estamos a falar de uma questão, recém-criada, que define quem tem e quem não tem voz num mundo cada vez mais digital. Na demanda pela adequação à evolução tecnológica, se estivermos atentos aos seus avanços e soubermos servir-nos dos recursos disponíveis, teremos, com grande probabilidade, mais chances de sermos ouvidos.

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FONTEPress Point
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André Vaz, 36 anos, Porto. Co-fundador e SEO manager do Press Point. Licenciado em Filosofia e com formação em Marketing Digital, trabalha no desenvolvimento de sites, em SEO e gere vários projetos de conteúdo.