pós-pandemia

No que diz respeito ao desenvolvimento de empresas e prosperidade de negócios, pode ser tentador querer prever qual será o futuro da realidade económica pós-covid. A previsibilidade da economia, seja pela variação da inflação ou pelas políticas monetárias de cada país ou pela evolução das tendências dos consumidores ou medidas isoladas do tipo de impostos Windfall, é essencial para o planeamento a curto e médio prazo de qualquer empresa.

As consequências económicas resultantes do conflito entre a Rússia e a Ucrânia são imprevisíveis. A aparente atitude cautelosa tanto dos EUA como da China em restruturar ou aliviar a dívida de países em crise e de relevância geopolítica, tais como Sri Lanka ou Tunísia, pode ser um sintoma de uma doença ainda por descobrir. Pode ser, portanto, tentador tentar prever o mundo pós-Covid, mas tal exercício não passará de pura especulação. Podemos, sim, olhar para alguns dos números da economia em plena pandemia Covid, que não requerem previsões e podem oferecer uma janela para o futuro.

Sectores que cresceram

Os claros vencedores económicos da pandemia foram as empresas que se adaptaram ao crescimento do comércio online, assim como o sector de transporte e armazenamento, uma vez aliviadas as restrições iniciais de 2020. O sector da logística tem crescido nos últimos dois anos com considerável aumento de receita, certamente resultado da importância crucial de empresas de distribuição e transporte, por exemplo, num mundo de cadeias de distribuição em constante disrupção e insuficientes para responder à procura por parte das nações.

Na área do entretenimento, o sector dos jogos viu não só o número dos seus utilizadores aumentar, como também o tempo de utilização de aplicações por utilizador. Sectores tradicionais, como casinos, adaptaram-se rapidamente a uma nova realidade online, com sites dedicados em Portugal, como casinorei.pt, aumento de novos casinos online, assim como a variedade de oferta, como os recentes criptocasinos. Em matéria de streaming, a Netflix encontra-se no topo dos downloads. Esta pioneira em streaming de filmes e séries conseguiu manter a sua liderança e continuará a ser das apps mais utilizadas em 2022

O fecho das escolhas com recurso ao ensino online não aconteceu apenas em Portugal e não se limitou apenas ao ensino obrigatório. Muitas tecnologias, programas e plataformas já disponíveis, puderam ser rapidamente utilizados ou adaptados para um ensino à distância. Esta realidade forçada acabou por ser um incentivo muito desejado por parte das empresas que estevam já a desenvolver, antes da pandemia, as suas plataformas de comunicação e ensino online, como o Google Classroom ou Zoom.

Também o sector farmacêutico e da saúde atravessaram este período pandémico não só incólumes, mas também com considerável aumento das suas margens de lucro, por razões óbvias. O aumento da procura de produtos de segurança para a saúde, a multiplicação de testes antigénio requeridos e o sério investimento governamental para o desenvolvimento de vacinas e outros tratamentos, são tudo factores que permitiram a estas empresas garantir o seu crescimento durante a pandemia.

A liberdade do tele-trabalho?

Talvez uma das mais comuns e óbvias medidas que as empresas acabaram por adoptar foi o regime de teletrabalho. Embora este método de trabalho já existisse antes da pandemia, o seu aumento exponencial pós Covid-19 tem sido amplamente reportado e discutido. Jornais económicos como, entre outros, o internacional The Economist, reportaram como o número de pessoas a trabalhar por casa multiplicou 10 vezes em alguns países em apenas alguns meses.

Esta opção de gestão por parte das empresas, conferiu uma liberdade sem precedentes aos trabalhadores de desempenharem as suas funções em qualquer local. Esta mudança de estilo de vida, à primeira vista benéfico, acabou por tornar difusa uma linha antes bem definida entre o trabalho e vida privada. Embora alguns países europeus, como França ou Bélgica, já tivessem um enquadramento legal que permitia às empresas adoptarem, em casos de force majeure, regime de teletrabalho, sem prejuízo dos direitos dos trabalhadores, muitos outros viram-se obrigado a actualizar os seus parâmetros legais.

Existe, neste momento, uma agenda clara por parte da União Europeia para definir e estabelecer novas leis laborais que permitam acomodar novas realidades e contextos laborais. Contudo, devido ao carácter não-federal da EU, cada país tem acabado por implementar as suas políticas a respeito a este assunto, com graus diferenciados de direitos laborais ou até mesmo de informação disponibilizada. Talvez por esta razão, muitas empresas em Portugal estão a adoptar regimes de trabalho misto, dividindo a escala dos colaboradores entre períodos presenciais e em tele-trabalho.

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