A startup portuguesa Dioscope, que criou uma plataforma para a formação médica e criação de sistemas de apoio à decisão clínica em hospitais, venceu a competição internacional de luta contra o cancro, ‘Building Bridges, Beating Cancer’, organizado pela farmacêutica Novartis e pelo grupo nórdico Scanbalt.
O ‘Building Bridges, Beating Cancer’ é um evento e uma competição internacional de empreendedorismo que procura soluções inovadoras no âmbito da saúde digital para eliminar as diferenças e desigualdades no acesso ao tratamento do cancro na Europa. Entre faculdades, centros de pesquisa, e startups, a Dioscope foi a única vencedora das duas competições a concurso: arrecadou o prémio de ‘Top Project’, para a melhor iniciativa que está a quebrar barreiras no acesso às terapias oncológicas; e venceu o desafio de empreendedorismo ‘Hackathon’, que decorreu entre os dias 22 e 26 de novembro.
Um “oncologista virtual” na luta contra o cancro
O ‘Top Project’ vencedor da Dioscope é o “oncologista virtual”. Neste momento, as doenças oncológicas são a primeira causa de morte na Europa, enquanto em Portugal, são diagnosticados anualmente cerca de 40 mil casos de cancro. Para combater a falta de médicos especialistas em cancro que se faz sentir a nível global, a Dioscope criou o “oncologista virtual”, uma solução inovadora que presta ajuda aos médicos de família em tempo real, melhorando o diagnóstico e tratamento precoce dos doentes com cancro.
Fundada em 2018 pelo médico Tomás Pessoa e Costa, a Dioscope é uma startup de formação médica e criação de sistemas que volta a ser reconhecida internacionalmente. No ano passado, foi a primeira empresa portuguesa a vencer os ‘WSA European Young Innovators’, iniciativa do âmbito da ONU que premeia os projectos Europeus com maior impacto social.
Os sistemas de apoio à decisão clínica são uma forma de melhorar a eficácia dos serviços hospitalares, previnem o erro médico e melhoram a articulação entre as várias especialidades. No entanto, o custo e a adaptação dos sistemas para cada hospital, são limitações para uma implementação generalizada. Com a criação de uma plataforma de criação de sistemas de decisão customizável, a Dioscope conseguiu eliminar o esforço de desenvolvimento de um sistema próprio para cada hospital, mantendo a autonomia das equipas médicas na gestão e adaptação de cada algoritmo de decisão, configurando mais um passo na luta contra o cancro.
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Luís Branco
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