Lançado recentemente, o estudo “Retrato da Liderança Operacional nas Empresas Portuguesas” descreve uma liderança operacional marcada pela prevalência de uma geração mais envelhecida (nascida até 1980), maioritariamente masculina, com forte competência técnica e diminuta formação em competências de liderança e gestão de equipas.
Esta geração coexiste com gerações mais jovens, na generalidade detentoras de qualificações académicas superiores. Entre outros, este estudo remete-nos para dois desafios com que as empresas lidam atualmente: chefias sem preparação para funções de liderança e a renovação geracional.
Com o estudo “Retrato da Liderança Operacional nas Empresas Portuguesas”, a ATEC procurou traçar o perfil das chefias operacionais no tecido industrial português e as suas necessidades de desenvolvimento prioritárias. Concluiu que, na generalidade das empresas nacionais, as chefias são designadas maioritariamente com base na competência técnica. Inequivocamente, a grande maioria considerou fundamental que se aposte no incremento das soft skills nos cargos de chefia para fazer face ao cenário atual.
Os últimos anos têm-se revelado prolíferos em transformações no mercado de trabalho. Pela proximidade com as operações, as competências de liderança das Chefias Operacionais (supervisores, encarregados e chefes de equipa) são determinante para o sucesso da implementação de qualquer medida dentro da organização, pela motivação da equipa e pela conexão desta com a empresa.
Para liderar, hoje em dia, não basta gerir pessoas, mas também ter capacidade para responder aos desafios da adaptação humana à digitalização, à multidisciplinaridade das equipas e à cada vez maior heterogeneidade das mesmas, sejam elas diferenças geracionais ou outras, num ambiente em permanente evolução.
As competências de liderança ao raio-x…
Entre as principais revelações do estudo, destacamos:
- 80% das Chefias Operacionais pertencem às gerações X ou Baby Boomer
- 34% das Chefias Operacionais ocuparam os seus cargos por recomendação hierárquica
- 36% das empresas consideram o conhecimento técnico a competência mais forte nas suas chefias
- 89% das Chefias Operacionais não teve preparação prévia para assumir a sua função
- 44% das empresas consideram que a liderança, a gestão de pessoas e a comunicação são as principais famílias de competências a desenvolver nas suas Chefias Operacionais
Com a publicação de “Retrato da Liderança Operacional nas Empresas Portuguesas”, a ATEC revelou que 89% das novas chefias não tem preparação prévia para a função. «A liderança também se aprende e os percursos formativos e a valorização da aprendizagem contínua são essenciais para a aquisição e para o desenvolvimento de determinadas competências que, mesmo podendo ser inatas ao indivíduo, nunca foram exploradas ou potenciadas. Competências como a comunicação e assertividade, gestão de conflitos, resolução de problemas, orientação para os objetivos e gestão de equipas, ajustadas a perfis de liderança (operacional) são cruciais para o desenvolvimento das chefias e podem ser trabalhadas em contexto de formação», explica Paulo Peixoto, diretor da região Norte da ATEC.
Adicionalmente, o estudo que coloca as competências de liderança no foco, revela a coexistência de gerações distintas nas organizações, principalmente em contextos industriais (por natureza, mais complexos e exigentes), impacta na qualidade da interação entre as mesmas e pode gerar instabilidade e resistência nas equipas. «Uma realidade que requer uma abordagem específica ao nível da liderança e da gestão das equipas, que passa por compreender as diferenças entre gerações, alinhar expectativas em termos motivacionais e de progressão de carreira, respeitar estilos de trabalho específico e potenciar as mais-valias de cada geração, lançando, assim, as bases para um ambiente de trabalho profícuo», remata Paulo Peixoto, diretor da região Norte da ATEC.
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A elevada faixa etária dos níveis de liderança operacional alerta também para a necessidade da passagem de testemunho das gerações que se estão a reformar da vida profissional para a que lhe irá suceder. Este tema pode revelar-se um problema estrutural nas organizações que não tenham definido um processo de desenvolvimento para as linhas sucessoras, por forma a agilizar a passagem de conhecimento e a integração das novas chefias na função.
Consciente da importância destes quadros intermédios de liderança, a ATEC disponibiliza programas no âmbito da liderança operacional, destacando-se o Passaporte Liderança® que trabalha os fundamentos e as competências de liderança em contexto industrial abordando temáticas de comunicação, gestão de pessoas e equipas, ferramentas de gestão industrial, melhoria contínua e legislação, entre outras.
Conheça o estudo em pormenor aqui.
Sobre a ATEC:
A ATEC é uma associação de formação sem fins lucrativos que direciona a sua intervenção no âmbito da formação profissional qualificante e de especialização, para ativos do tecido industrial e empresarial, que tanto pode consistir em oferta formativa promovida pela ATEC, como de formação específica, à medida, requerida pelas empresas clientes. A oferta da ATEC engloba temática de Desenvolvimento Pessoal e Organizacional, Manutenção Industrial, Automação e Redes Industriais, Energias Sustentáveis, Melhoria Contínua e Logística.
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